domingo, 26 de agosto de 2012

Então você chegou. 
Entrou sem pedir licença, sem perguntar se podia, se eu queria, se eu aceitava a condição.
Foi e está sendo tudo tão rápido que eu não me dei conta da proporção do efeito que você está causando em mim.
Dos nossos momentos, só nossos, as tardes onde o mundo lá fora se preocupa com status, leis e a política, e a gente se permite ignorar isso tudo  e ouvir o Chico cantar pra nós: "quero ficar no teu corpo feito tatuagem, que é pra te dar coragem pra seguir viagem quando a noite vem".
Confesso que os palheiros aumentaram, os vinhos tem um sabor diferente... 
Mas isso não é papo de menina de dezoito anos que está morrendo de amores, não, por favor. 
É papo de quem estava com a vida [relativamente] equilibrada, com um foco e não tinha tempo e nem paciência pra encontrar outra pessoa que virasse a vida de cabeça para baixo novamente. 
Mas como não se tem controle das peças que a vida nos prega, você foi uma surpresa pra mim. Muito boa, por sinal.
Em um mundo onde você é cobrado o tempo todo e você vale o que você pode oferecer, é raro encontrar alguém que veio pra somar e te ajudar a crescer. 
É isso: tenho evoluído tanto com a sua presença, que as vezes me dá uma agonia imensa de pensar que uma hora a gente pode se distanciar e tudo acabar repentinamente, como começou. 
É um sentimento tão bonito e sincero que eu não ouso nomeá-lo. Já basta os limites que a vida nos impõe. E que eu tento ignorá-los todos os dias. 
Mas, afinal, quem é você?!
Seja lá quem é e porque apareceu no meu caminho, eu tô adorando compartilhar a minha história mesmo que - temporariamente - com você e dividir um capítulo dela te tendo como protagonista.
Obrigada pelas milhares de sensações que têm provocado em mim. Pela amizade sem igual. Por me fazer entender várias coisas desse mundinho medíocre - mas que ainda assim pode ser bonito - e por estar me fazendo sentir mais mulher também. 
Os dias têm sido mais bonitos e coloridos com a sua companhia e eu não tô com pressa que isso acabe. Afinal, tem algo na sua essência que me tranquiliza, me faz rir e me completa!
Sem melancolia (já sendo ao extremo) e sem mimimi: não foi na fila do pão, mas, que bom que eu te encontrei. E, que a vida ainda nos reserve muita coisa boa. É só a gente deixar se permitir.

[Ouvindo: Último Romance - Los Hermanos]